
Anos 40
A década chegou marcada pelos múltiplos desafios trazidos pela Segunda Guerra Mundial, iniciada em 1939. E, se o conflito bélico mudou os rumos das nações e dos personagens que definiram os contornos daquele período do século 20, também impactou a vida da Rhodia no Brasil.
O bloqueio do nosso litoral pelos nazistas impedia que os navios que traziam álcool do Nordeste chegassem a São Paulo para abastecer sua produção de derivados acéticos em Santo André. Para enfrentar o problema, a Rhodia decidiu mergulhar na rota alcoolquímica pela raiz, literalmente: resolveu plantar cana e produzir seu próprio álcool.
Assim, em 1942, comprou a Fazenda São Francisco, que se estendia pelos municípios de Paulínia, Campinas e Sumaré. Mais tarde transformada em dos maiores complexos industriais da empresa em todo o mundo, a fazenda, na época acessível apenas por precárias estradas de terra, tinha vida própria: sete vilas onde moravam os trabalhadores com suas famílias, igreja, estruturas de comércio e um grupo escolar mais tarde repassado ao Estado.
A primeira safra foi colhida em junho de 1944 e, semanas depois, o álcool já abastecida a produção química de Santo André e também a Rhodiaceta que, desde 1941, passara a usar o álcool etílico nacional para a produção local do acetato de celulose antes importado.
Finda a guerra em 1945, a Rhodia estava pronta para crescer. No mesmo ano comprou a Indústria Brasileira de Óculos e Lentes, embrião dos seus negócios com plásticos especiais destinados principalmente à indústria automotiva. No ano seguinte, criou a Companhia Rhodosá de Rayon, em São José dos Campos, que iniciaria a produção de rayon viscose em 1949. Um ano antes, realizara outro feito: a produção da penicilina cristalizada, o mais eficiente antibiótico até então fabricado pela indústria.
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